De janeiro a setembro, foram 35 casos contra 17 no mesmo período do ano passado

Nelson Bortolin

O número de mortes violentas na cidade caiu 13% de janeiro a setembro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 68 em 2018 e 59 em 2019. São casos de assassinatos, lesões corporais seguidas de morte, latrocínio, e confrontos com a Polícia. Isoladamente, o número de mortes nos confrontos com a Polícia dobrou de 17 para 35, no mesmo período.

“Na nossa opinião, o que leva a essa situação é a impunidade dos agentes de Estado, que cometem violação de direitos quando atiram e matam pessoas em situação de confronto”, afirma Carlos Enrique Santana, representante do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) no Paraná.

Ele defende que a Polícia Militar passe a gravar em vídeo as operações que realiza. “Propomos que seja usada a experiência internacional, como em Portugal e Inglaterra, na qual se usa câmara para registrar os confrontos.”

De acordo com Santana, o movimento dos direitos humanos reúne indícios de assassinatos cometidos friamente por agentes do Estado. “Temos de investigar isso a fundo, inclusive reabrir inquéritos arquivados. Falta uma postura mais democrática e justa para investigar os casos.

Em agosto deste ano, em entrevista à Lume, o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar de Londrina, Major Nelson Villa, confirmou o aumento no número de mortes em confrontos. Segundo ele, isto ocorre porque foi necessário intensificar as operações, uma vez que a criminalidade estaria enfrentando mais a polícia.

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