Magó Poltronieri foi encontrada morta com sinais de asfixia e abuso sexual
Cecília França -Rede Lume
Nenhuma a menos. Esta frase simples e tão representativa motiva o ato público que a Frente Feminista Londrina realiza hoje, a partir das 15h, no Zerão. O grupo de mulheres pretende denunciar o aumento dos feminicídios no Estado e pedir justiça para o assassinato da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó, encontrada morta com sinais de asfixia e abuso sexual em uma estrada rural do município de Mandaguari, no último domingo.
Em 2019 houve aumento de mais de 82% nas notificações de feminicídio no Paraná. Em todo o País, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, entre 2016 e 2018 foram mais de 3,2 mil mortes e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estima que outros 3 mil casos de feminicídio não foram notificados.
A organização do ato explica que a reunião do grupo já estava marcada, mas a morte de Magó motivou a transformação em um ato público. “Nosso ato se iniciará as 15h, com a roda de capoeira com o Centro Esportivo de Capoeira Angola – grupo a qual Magó era próxima”, detalha.

Será realizada uma oficina de cartazes com o objetivo de denunciar o crescente número de feminicídios no Paraná, bem como a posição contrária do grupo a toda e qualquer forma de violência contra as mulheres. “Por Magó, por todas as Marias, Margaridas e tantas outras, por ‘Nenhuma a Menos’, até que sejamos todas livres”, finaliza a Frente.
A Frente Feminista de Londrina surgiu em 2017 e ganhou força em 2018. O grupo é composto por mulheres trabalhadoras e estudantes de coletivos feministas, partidos Progressistas e outras organizações. Em comum, todas se engajam no enfrentamento ao machismo, sexismo, racismo, LGBTQI+fobia e avanço do neoliberalismo e conservadorismo.
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