Mais de 400 famílias de ocupações, indígenas e estrangeiros já receberam doações de alimentos e produtos de higiene; arrecadações continuam

Rede Lume de Jornalistas

Um coletivo de humanistas, encabeçado por Carlos Enrique Santana, do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) está mobilizado desde o início da crise do Coronavírus a fim de minimizar o impacto para famílias mais vulneráveis de Londrina. O coletivo trabalha na arrecadação e doação de mantimentos e já assistiu mais de 400 famílias nas ocupações Flores do Campo, Aparecidinha, Marieta, Maristela e Cristal, além de indígenas e estrangeiros em situação de vulnerabilidade.

De acordo com dados oficiais, Londrina tem 11 mil famílias em situação de pobreza. Santana diz que o agravo da crise econômica e a necessidade de isolamento a partir do avanço do Coronavírus acendeu o alerta dos envolvidos com a causa dos Direitos Humanos.

“(O isolamento dessas pessoas) seria possível se nosso Estado fosse de fato voltado para o bem estar social e a vida digna dos cidadãos hiposuficientes”, defende. As coletas de mantimentos começaram ainda no mês de março e continuam. O Sindicato dos Jornalistas é um dos pontos de arrecadação em horário comercial (Rua Paulo Kawassaki, 36, Jardim Dom Bosco).

Os interessados em doar também podem entrar em contato direto com Santana – (43) 99136-4425 – ou com Eliane (representante da ocupação Flores do Campo) – (43) 98821-1068

MST

O Assentamento Eli Vive, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), promoveu a doação de 7,5 toneladas de alimentos para mais de 500 famílias carentes da Zona Sul de Londrina. A ação ocorreu na última semana está em consonância com o que o Movimento tem feito em todo o Estado.

Na última sexta-feira (17), assentamentos e acampamentos entregaram mais de 45 toneladas de alimentos em hospitais, asilos e para famílias carentes do Paraná. Em Londrina, o Hospital Universitário (HU), referência para o tratamento da Covid-19, recebeu 416 litros de leite integral e o Hospital do Câncer outros 400 litros.

A ação integrou uma campanha nacional do MST em solidariedade a quem já sofre com a falta de alimento por consequência da pandemia do novo coronavírus. A mobilização também marcou o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, criado em memória aos 21 trabalhadores Sem Terra assassinados no massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996.

Integrantes do Assentamento Eli Vive durante entrega em Londrina. Foto: Mídia Sem Terra

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