Susana de Lacerda teme que Marcha Antifascista contribua para acelerar contágios por Covid-19 em Londrina
Cecília França
A realização da Marcha Antifascista neste domingo (7) em Londrina é controversa em função da aglomeração, que pode acelerar os contágios pelo novo Coronavírus. A promotora de Saúde, Susana de Lacerda, alerta para o crescimento da curva de contaminação na cidade e o avanço do vírus para as periferias. Desde o início das restrições, Lacerda se posicionou favorável ao isolamento social.
“Nunca minha postura foi impedir manifestação, mas mostrar que as aglomerações podem levar a aumento de contágio. Agora temos uma mobilidade social muito grande, isso tem aumentado nossos números. Londrina tem uma mortalidade muito alta”, ressalta a promotora.
Até ontem, Londrina registrava 511 casos confirmados de Covid-19 e 31 mortes. Na opinião da promotora, a manifestação poderia ocorrer em outro momento, de mais tranquilidade. Quando da realização de outros atos, pró-governo, na cidade, Lacerda adotou a mesma postura.
“A epidemia está indo para a periferia, onde as pessoas não têm tanta condição de se isolar e nem têm atendimento de saúde de tanta qualidade. O que, de fato, eu quero é evitar uma tragédia”, expõe.
A Ação Antifascista, que organiza o ato de domingo, não cogita cancelar o protesto, mesmo com as ameaças de confronto por parte de grupos fascistas. Em suas redes sociais, o grupo divulgou medidas de segurança sanitária necessárias para quem pretende comparecer, são elas: levar álcool gel e/ou usar luvas; usar máscara; manter distância e lavar as mãos ao sair de casa e ao retornar.
Foto em destaque: MP/PR
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