Em pouco mais de um mês, três homens foram encontrados carbonizados: dois no Paraná e um em São Paulo
Cecília França
No dia 14 de junho, o corpo de um homem de 60 anos foi encontrado carbonizado embaixo de um viaduto no Bairro Boqueirão, em Curitiba. Conhecido como Edivaldo, ele estava em situação de rua. Anteontem, em Foz do Iguaçu, outro homem, ainda não identificado, foi assassinado em frente a um mototáxi onde costumava dormir. Um suspeito foi preso por atear fogo nele. Outro caso semelhante ocorreu no fim de semana em São Paulo.
Os casos chocantes entristecem e alertam o Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR). “A gente fica preocupado. O corpo da população de rua, nas marquises, viadutos, está mais frágil para sofrer esse tipo de violência, de crimes de ódio”, diz Leonildo Monteiro, coordenador nacional do MNPR, residente em Curitiba.
O caso de Foz teve solução rápida. Um homem de 29 anos foi preso em flagrante suspeito de ter ateado fogo no homem que dormia no ponto de mototáxi.
“O Movimento preossiona o MP (Ministério Público), a Defensoria, a Secretaria de Segurança Pública, para dar uma resposta rápida, principalmente quando a gente vê que é crime de ódio. Em Foz a delegada agiu rápido, até parabenizo a área de segurança pública por ter resolvido este caso tão breve”, declara Monteiro.
A morte em Curitiba continua sendo investigada e, segundo a Polícia Civil, não foi descartada a hipótese de homicídio.
O caso de São Paulo foi divulgado no fim de semana nas redes sociais do Padre Julio Lanceloti, um notório apoiador da população de rua há décadas. De acordo com ele, a vítima encontrada carbonizada era conhecida como Pombo. A reportagem busca informações sobre o andamento desta investigação.
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