Criado em Londrina, “Ubuntu – Sou porque somos” leva cestas básicas para público desassistido de políticas do governo

Nelson Bortolin

Apoiar travestis e transexuais em vulnerabilidade social durante a pandemia do novo coronavírus é o objetivo do Coletivo “Ubuntu – Sou porque somos”, criado em Londrina. Em parceria com a Secretaria Municipal de Política para Mulheres, o grupo arrecada e doa cestas básicas para essa parcela desassistida da população. “Em parceria com o projeto UEL solidária, também já fizemos doação de produtos de limpeza e higiene pessoal”, conta Vinícius Bueno, um dos integrantes do coletivo.

Ele explica que essas pessoas têm acesso dificultado a programas de assistência social. “Muitas não têm a situação do nome civil regularizada. Então, para elas, existe essa barreira de acessar o serviço social, do mesmo modo que enfrentam nos serviços de saúde enquanto não têm o nome que condiz com sua identidade de gênero, elas vivem essa dificuldade.”

Bueno diz que o Ubuntu tem encontrado travestis e transexuais em condições de moradia muito precárias e que boa parte carece de informações de qualidade sobre a pandemia da Covid-19. “As informações não chegam da mesma forma para todas as pessoas”, alega.

O representante do coletivo conta que a prostituição é a única opção para esse público diante da inexistência de vagas para elas no mercado formal de trabalho.

Outro objetivo do Ubuntu é diminuir as chances dessa população ficar à mercê de políticos e religiosos oportunistas. “Aproveitam da situação de vulnerabilidade delas para fazerem proselitismos.”

Quem quiser ajudar o coletivo deve ligar para 98446 7469.

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