Segundo a entidade, representantes da Diretoria de Serviços Complementares sequer participam de reuniões de conselho
Nelson Bortolin
A Associação Londrinense Interdisciplinar de Aids (Alia) encaminhou ofício ao Município e ao Ministério Pública pedindo providências em relação ao cumprimento do Plano Municipal Intersetorial para IST/HIV/Aids e Hepatites Virais para o período 2018 – 2021, aprovado pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Conselho Municipal de Saúde.
A entidade acusa a diretora de Serviços Complementares da Secretaria da Saúde, Cláudia Denise Garcia, de descaso em relação ao plano. Segundo o ofício, a diretoria “não está cumprindo com as atividades elencadas e pactuadas”; não comparece “às reuniões programadas da comissão municipal de Aids (Comuniaids); e “não pauta reuniões de avaliação, condução e recondução da execução do plano.”
A Alia sustenta que a diretora age com “autoritarismo” e “banaliza” os temas em pauta, o que “não condiz com os princípios e diretrizes do SUS”.
E observa que a “não execução das ações previstas e a não participação nas reuniões acarretam prejuízos na execução do plano, principalmente nas ações que contemplam atividades direcionadas às populações-chave ou de risco acrescido”.
O ofício é assinado pelo secretário da Alia, Elson Gomes da Silva.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Londrina disse à Lume que a Secretaria de Saúde não irá se pronunciar sobre o assunto.
A promotora Suzana de Lacerda também não quis comentar a denúncia feita pela Alia. Mas encaminhou ofícios à secretaria municipal, à 17a Regional da Saúde e ao Conselho Municipal de Saúde.
Ao secretário Felippe Machado e à diretora da 17a Regional, Maria Lúcia da Silva Lopes, ela solicita levantamento atualizado de casos de IST/HIV/Aids e Hepatites no Município. E pede esclarecimento sobre o método de alimentação e divulgação de dados do Painel de Indicadores Epidemiológicos, já que os dados, segundo ela, estão atualizados somente até junho de 2019.
Ao secretário, ela também pede informações sobre as ações planejadas para maio, julho, outubro, novembro e dezembro de 2020 relacionadas ao tema. A promotora quer saber quais ações foram realizadas e quais foram postergadas em virtude da pandemia do novo coronavírus. E solicitou envio ao MP de “eventual planejamento” para a área.
Ao presidente do Conselho Municipal de Saúde, Lincoln Ramos e Silva, Susana de Lacerda solicitou o envio de ata da reunião do colegiado do dia 17 de setembro.
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