Detentos do Paraná estão sem receber parentes desde o início da pandemia, em março
Nelson Bortolin
Um grupo de cerca de 200 pessoas de várias regiões do Estado foi a Curitiba nesta segunda-feira (9) reivindicar que as visitas sejam restabelecidas nas penitenciárias do Paraná. O protesto de familiares dos detentos foi feito em frente ao Palácio do governo. Os manifestantes foram informados que o governador Ratinho Júnior não se encontrava na Capital e nenhuma autoridade se prontificou a recebê-los.
A coordenadora do PSD Mulher no Paraná, Sandra Duda, conversou com representantes do grupo e se comprometeu a fazer a ponte com Ratinho, que é do mesmo partido que ela. Representantes dos familiares e um advogado devem se reunir com Duda de novo nesta quinta-feira (13).

Segundo Carlos Enrique Santana, londrinense que integra o Movimento Nacional dos Direitos Humanos, desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março, os presos estão impedidos de receber os parentes. Ele afirma que, em outros estados e nas prisões federais, as visitas já foram liberadas.
Santana diz que, no Paraná, as famílias podem enviar sacolas com mantimentos para os detentos de 15 em 15 dias, apenas por meio do Sedex. “Tem famílias que mal têm o que comer. Como vai gastar R$ 90 para mandar os produtos pelos Correios?”, questiona.

Em matéria publicada em junho ecplicamos as restrições impostas às unidades prisionais no Paraná.
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