Prefeitura mostra que outras cidades importantes do Estado estão em situação ainda pior

Nelson Bortolin

Foto em destaque: Unsplash

Durante boa parte da pandemia do novo coronavírus, Londrina esteve bem abaixo da média nacional em números de casos. Até o final de agosto, por exemplo, os casos registrados por milhão de habitantes na cidade eram menos da metade da média brasileira. Mas esse porcentual não parou de crescer e Londrina praticamente alcançou o indicador nacional.

Nesta quarta-feira, a Prefeitura divulgou 304 novos casos confirmados de Covid-19. Com isso, agora são 34.582 casos por milhão de habitantes, ou 99% dos 34.827 da média brasileira.

Veja no gráfico como a incidência da doença vem se aproximando da realidade de todo o País.

Segundo o prefeito Marcelo Belinati (PP), a situação é bem pior em outros municípios importantes do Estado. Em entrevista coletiva concedida na terça-feira (22), ele fez algumas comparações. Naquele dia, a média nacional era de 34.564 casos por milhão. A de Cascavel era de 46.986; a de Maringá, de 50.565; e a de Curitiba, de 53.760. Todas muito acima da média nacional.

O prefeito e o secretário de Saúde, Felippe Machado, também compararam a letalidade da Covid em municípios da região. Em Apucarana, de cada 100 doentes, 5,14 morreram. Em Arapongas foram 2,89; em Rolândia, 2,84; e, na média brasileira, 2,58. Em Londrina, a letalidade é de 2,1. A tendência é de o número ser menor nas cidades que fazem mais testes para detectar a doença. E, segundo Belinati, Londrina é a que mais testa no Estado.

O boletim dessa quarta-feira mostra que foram 87.823 testes desde o início da pandemia, sendo que 19.703, ou 22% do total, deram positivo.

Outro indicador que, segundo a Prefeitura, mostra uma situação menos grave em Londrina é o de casos ativos. Na terça-feira, eram 390. Em Foz do Iguaçu, 603; em Umuarama, 2.146; em Maringá, 4.546; e, em Curitiba, 11.884.

Belinati disse que a diferença entre as cidades é que Londrina foi mais rígida com as medidas de distanciamento. “Em setembro, outubro, enquanto outras cidades estavam abrindo tudo, aqui a gente mantinha as medidas restritivas.”

Ele ressaltou, no entanto, que apesar das comparações, a situação de Londrina é grave e a população precisa ficar vigilante “para que não aconteça aqui o que está acontecendo nas cidades irmãs”.

Com quatro novas mortes nesta quarta-feira (23), – dois homens, de 65 e 69 anos e duas mulheres, de 69 e 89 anos -, agora são 412 óbitos no município.

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