Média móvel atingiu o pico de 4,9 na sexta-feira (8), quando oito pessoas perderam a vida vítimas da doença

Cecília França

Na última sexta-feira (08) Londrina registrou recorde diário de óbitos por covid-19: foram oito. Quatro homens e quatro mulheres, de 61, 65, 76, 83, 84, 86, 90 e 93 anos, perderam a vida vítimas da doença. Quatro dias antes havia sido o recorde anterior, de sete óbitos. Na sexta a média móvel de óbitos também alcançou seu maior índice desde o início da pandemia: 4,9. A média móvel é a soma de óbitos de uma semana dividido por sete.

Nos primeiros nove dias de janeiro Londrina já soma 2.052 novos casos de covid-19, número superior a alguns dos meses cheios anteriores. Em dezembro o número de casos já havia crescido exponencialmente, com 6.734 novas contaminações. Em novembro e outubro haviam sido 2.544 e 2.403, respectivamente. Setembro era o mês recorde até então, com o registro de 4.296 novos casos.

Os números de dezembro já podem ser reflexo do período de festas e viagens de fim de ano, mas especialistas como o matemático Eliandro Cirilo, da Universidade Estadual de Londrina (UEL) estimam que um novo pico se dê agora, em janeiro.

“Qual o sentimento que eu tenho? Que nós teremos um pico substancial no final do mês de janeiro, por causa do Natal, do Ano Novo, das férias, viagens. E fora que as pessoas já estão exaustas com essa questão do isolamento”, disse ele em entrevista à Lume. Cirilo acompanha o comportamento da pandemia desde o início, em março, e atualiza um site quinzenalmente com as informações e projeções para o futuro.

Hoje (10) o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde traz 311 novos casos três óbitos. São 484 os casos ativos da doença em Londrina, dos quais 373 estão em isolamento domiciliar e 11 estão internados, sendo 36 em UTI e 75 em enfermarias.

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