Ocupação nas UTIs segue próxima dos 90%; no HU, está em 97%
Cecília França
Londrina registrou número recorde de casos diários de covid-19 nesta quarta (27): 615. O boletim epidemiológico também trouxe oito novo óbitos, de pessoas entre 74 e 92 anos. Com isso, o município totaliza 557 mortes pela doença e 29.352 casos confirmados. São 476 casos ativos, sendo que 102 pessoas encontram-se internadas. A ocupação dos leitos de UTI covid está em 86%. No Hospital Universitário (HU), porém, chegou a 97% nesta quarta.
No total, Londrina conta com 101 leitos de UTI covid, dos quais 87 estão ocupados. Em enfermaria são 96 leitos exclusivos sendo que 81 estão ocupados. A situação mostra que a abertura de novos leitos no HU logo no início da pandemia, bem como a contratação de leitos junto ao Hospital do Coração por parte da Prefeitura, foi estratégia essencial para garantir uma certa tranquilidade para o tratamento dos doentes.
Por meio de sua assessoria, a direção do HU afirma que “sem a infraestrutura disponibilizada pelo HU-UEL para o atendimento à covid-19, a assistência à saúde da população no Estado do Paraná estaria expressivamente prejudicada.” E completa: “No entanto cabe alertar que os recursos são finitos.”
Nesta quarta 137 pacientes encontram-se internados no HU com covid, sendo 64 em UTIs, resultando em 97% de ocupação nas unidades de terapia intensivas.
“Portanto, é imprescindível o cumprimento das normas sanitárias relacionadas à redução da transmissão da doença, dentre as quais o isolamento social e o uso de máscaras. A iminência do aumento acelerado no número de casos, para além do que tem sido atendido diariamente no HU-UEL pode colapsar a infraestrutura do sistema hospitalar, que logo se encontra no seu limite de segurança técnica, haja vista a constante superlotação dos leitos disponíveis.”, conclui a direção.
Desde o início da pandemia o HU já atendeu a 7.920 casos de covid-19, entre suspeitos e confirmados. Em média, 50% dos pacientes atendidos no HU, suspeitos e confirmados, são residentes em Londrina; os demais pertencem a outros municípios da Rede de Atenção à Saúde do Estado. O HU lembra que ampliar sua capacidade em 55% implicou, também, em prover recursos humanos, além de insumos e equipamentos, como ventiladores mecânicos, monitores, dentre inúmeros outros. Tudo isso é finito.
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