Presidente da AML diz que situação da pandemia em Londrina é muito grave e presença de variante do novo coronavírus preocupa

Nelson Bortolin

Com recorde de novos casos e mortes por covid e ocupação de leitos hospitalares no limite, a cidade está em risco iminente de um colapso na Saúde. O alerta é da presidente da Associação Médica de Londrina (AML), Beatriz Tamura.

Na quinta-feira (28), o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (Coesp) classificou Londrina pela primeira vez na cor roxa, de mais alto risco, segundo a tabela elaborada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O órgão recomenda fechamento das atividades econômicas não essenciais nesses casos.

Nesta sexta-feira (29), segundo boletim epidemiológico da Prefeitura, 92% dos leitos de enfermaria para covid pelo SUS estavam ocupados. A ocupação das UTIs era de 83%. “Estamos no limite”, afirma a médica.

Também nesta sexta-feira, a o jornal da RPC mostrou uma fila de oito ambulâncias esperando para desembargar pacientes no pronto-socorro do Hospital Universitário – cena inédita na cidade registrada na véspera.

“A gente está com iminente risco de colapso na cidade. É possível aumentar o número de leitos para a doença, mas é preciso ver se teremos profissionais para cuidar desses doentes”, ressalta a presidente da Associação Médica.

As médias diárias de mortes (7) e de novos casos (365) são recordes desde o início da pandemia.

E uma preocupação adicional é com a presença de novas variantes do coronavírus, que teriam maior transmissibilidade que a original. Para comprovar a circulação de novas versões do Sars-CoV-2, ainda são necessários estudos laboratoriais biogenéticos. “Mas tudo indica que já temos novas variantes, o que preocupa bastante.”

Questionada se é necessário uma nova quarentena, com fechamento do comércio em Londrina, a médica afirma que a decisão cabe aos gestores municipais.

A Lume não conseguiu falar com o secretário da Saúde, Felippe Machado. A assessoria de imprensa disse que o prefeito Marcelo Belinati (PP) não daria nenhuma declaração sobre as orientações do Coesp.

2 respostas para “Cidade vive ‘risco iminente’ de colapso na saúde”

  1. Avatar de Ines Paulucci Sanches
    Ines Paulucci Sanches

    Que triste isso !
    Precisamos de mais punições a quem não respeita as normas .
    Acabei de passar na Av Maringá e em um bar com mesas cheias e pessoas idosas , jovens bebendo.
    Uma multa bem severa para os donos dos bares e aos clientes talvez estes tivessem mais responsabilidade e amor ao próximo.
    Como profissional da área da Saúde e me expondo a idas e vindas aos hospitais sei que essa realidade é amarga !
    Momento para reflexão! Passou da hora de enxergar e agir corretamente contra esse inimigo invisível e avassalador!
    Sra Inês Paulucci Sanches

    1. Obrigada por seu comentário, Ines. Esperamos que as pessoas se conscientizem.

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