Secretário da Saúde pede para a população não relaxar nas medidas preventivas, mesmo com a melhora dos indicadores
Nelson Bortolin
A média móvel diária de casos de covid-19 em Londrina vem diminuindo e está 37,7% mais baixa que há duas semanas. No dia 2 de abril, a média móvel – que é a soma dos novos casos registrados nos últimos sete dias dividida por sete – era de 264 e desceu para 164 nesta quinta-feira (15)
Já média móvel diária de mortes está com alta de 6%. Saiu de 9,7 para 10,3 no mesmo período.
O número de londrinenses internados caiu 12%, de 251 para 221.


Levantamento feito pela Lume mostra que, em números absolutos, as mortes de pessoas com 85 anos ou mais – primeiro grupo vacinado na cidade – mantêm-se estáveis nas últimas semanas, entre 6 e 8 casos, depois de um pico de 13 óbitos entre 7 e 13 de março.
Quando a análise é proporcional, há uma queda bem expressiva nas mortes de pessoas com 85 anos ou mais. Só para se ter uma ideia, na semana entre 24 e 30 de janeiro, os 11 mortos mais idosos representaram 38% de um total de 29. Já, na semana de 4 a 10 de abril, as 7 mortes dos mais velhos representaram apenas 9% de um total de 75.

O secretário da Saúde de Londrina, Felippe Machado, acredita que a curva descendente de novos casos é uma tendência que vai prosseguir. “É a nossa esperança. Tivemos novamente uma queda em indicadores importantes por três ou quatro semanas seguidas”, afirma.
A expectativa é que, na esteira da queda dos novos casos, venham também reduções nos números de internações e mortes.
Machado conta que a taxa de transmissão da doença – chamada de R0 – está em 0,99 em Londrina. Quando o indicador é inferior a 1 significa que há uma desaceleração da pandemia. Neste caso, cada grupo de 100 pessoas infectadas na cidade transmite o novo coronavírus para outras 99.
O secretário ressalta que os números têm de ser vistos com cuidado. “Estamos em uma pandemia e este sinal de melhora não pode ser visto de forma equivocada pela população. Ainda há necessidade de todos os cuidados”, afirmou ele em relação ao distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos.
E disse que a vacinação está avançando. “90 mil londrinenses receberam pelo menos uma dose”, declarou.
De acordo com Machado, ainda não há um levantamento sobre o impacto da vacina no número de mortes. “Temos casos de internações prolongadas que podem criar desvio na análise”, disse. Mas há percepção de que as internações de idosos vêm diminuindo.
A foto em destaque é da Fusion Medical Animation/Unsplash.
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