Encontrada em um poço com vários sinais de violência, vítima de 32 anos permanece internada

Cecília França

Foto em destaque: Poço onde J.A.A. foi encontrada/Reprodução

O Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) Núcleo Londrina emitiu nota de repúdio sobre a violência brutal sofrida por uma mulher em situação de rua, encontrada ontem (15) dentro de um poço com sinais de espancamento. O movimento também contesta a cobertura de parte da imprensa sobre o caso. A mulher, de 32 anos, permanece internada na Santa Casa e, de acordo com informações do hospital, seu estado geral é regular, ela está consciente e respira sem ajuda de equipamentos.

A nota do MNPR afirma que “Ao classificar a vítima como ‘usuária de drogas’ e ‘moradora de rua’, as forças de segurança e a imprensa parecem buscar uma justificativa para um crime que não tem justificativa. Tentar argumentar contra essa violência brutal em nada contribui para a preservação da vítima, muito menos para a superação do machismo estrutural que vivemos.”

O movimento aponta que tais classificações reforçam os estigmas das mulheres em situação de rua, que já enfrentam dificuldades diárias pela sobrevivência. “Como todas as mulheres, elas precisam de apoio da sociedade e dos serviços públicos para se protegerem e retomarem suas vidas com dignidade.”

O MNPR lembra ainda que a luta por um acolhimento integral para as mulheres em Londrina, “não apenas pernoite”, é antiga, e exige apuração rigorosa do caso.

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Lume Rede de Jornalistas

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading