No fundo dos olhos
Eu busco respostas.
Mas como joias brutas
Eles se escondem.
Escondem-se em meio a uma moldura
Os seus belos cabelos
Que revelam a revolta que és.
Eu poderia citar outras mil
Mil coisas que eu me apaixonei em você
Mas antes disso
Você me roubou a chance de analisá-las.
Me beijaste
Com seus amargos lábios
Cuja cafeína
Me tornaram um viciado.
E em um instante
A adrenalina correu minhas veias
O sangue preencheu minha cabeça.
E naquele instante
Eu soube
Que por toda eternidade
Eu estou destinado
A conhecer teus mistérios.
Ou
Pelo menos tentar.
Perdoem o poeta, mas talvez este se encontre irremediavelmente apaixonado e não esteja prestando atenção o suficiente nas notícias deste país (se é que ainda podemos chamá-lo assim) para poder transformá-las em poesia.
Permitamo-nos apaixonar-nos por alguns segundos e fingir que as mazelas deste mundo são irreais e o mundo é tão belo quanto o Éden perfeitamente planejado por Deus.
*Antonio Rodríguez, 18, estudante e poeta nas horas vagas (e algumas ocupadas também). Apaixonado pela vida, faz o máximo para transformar tudo em poesia. Mantém o Instagram @a.poetizando.me