É
Eu acho que o cupido me pegou
Trespassou meu coração
Com uma só flecha
Me fez perder a razão.

Talvez seja o mal dos poetas
Mas cá me encontro
A poetizar minha paixão
Se é que eu encontrarei palavras.

Porque me roubaram todas
Aliás, isto é um crime
Estou sem minha ferramenta de trabalho
Mas eu ainda estou a sorrir
E não pretendo denunciar.

Talvez seja somente a emoção do momento
Mas pelos deuses
Teria eu que inventar um novo dicionário
Para poder descobrir novas palavras
Que talvez façam jus a 1% de sua beleza.

Ou sei lá
Talvez eu devesse convidá-la
Pois por óbvio, se me roubou as palavras
Com certeza é porque sabe muito bem como usá-las

Talvez ela venha reclamar comigo
Quando ler estas palavras
Dizer que eu exagerei
Que ela não é tudo isso.

Mas eu digo aos amantes de poesia que aqui ainda se encontram
Se esta poesia não lhes for,
Digamos
Melosa demais.
Ela é tudo isso
E mais.

Mas como eu disse mais cedo
Fundarei um novo dicionário
Inventarei novas palavras
Quem sabe estas ela não roube.

Ou talvez
No meu mais louco delírio
De um poeta apaixonado
Eu talvez roube as dela
Com esta poesia.

Um poeta já é inegavelmente um ser meloso, melodramático, mas um poeta apaixonado, não existe nem um adjetivo dramaticamente meloso o bastante para descrever.

Sinto muito por isso meus queridos leitores.

*Antonio Rodríguez, 18, estudante e poeta nas horas vagas (e algumas ocupadas também). Apaixonado pela vida, faz o máximo para transformar tudo em poesia. Mantém o Instagram @a.poetizando.me

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