Sarau reúne RAP, capoeira, samba, grafite e poesia na Casa da Vila, neste sábado, às 19h, para exaltar a cultura afrobrasileira
Da Redação
Fotos: Divulgação
Acontece neste sábado (7), a partir das 19 horas, na Casa da Vila (Rua Uruguai, 1656), o Àjòdún das Pretas, um tradicional sarau do cenário cultural londrinense, que realiza sua primeira edição após dois anos de paralisação devido à pandemia de covid-19. A entrada para o evento custa R$ 10.
Criado em 2015 como Sarau das Pretas, o evento agora se apresenta como Àjòdún, palavra que vem do Ioruba e significa reunião de pessoas para comemorar algo. Nesse caso, a comemoração é para referenciar e saudar a ancestralidade das mulheres pretas.
A programação reunirá diversas linguagens culturais. O projeto Freestyle de Rua vai levar suas rimas fortes de RAP e haverá roda de capoeira com integrantes do Centro Esportivo de Capoeira Angola de Londrina (CECA). Para fechar a noite, os bambas do Trinca do Samba garantem uma roda de samba animada.
Durante todo o sarau também acontecerá uma ação de grafitagem com a artista Kenia Kuriki, que vai deixar seus desenhos registrados em um dos muros da Casa da Vila. O público também poderá intervir em alguns momentos do evento, com declamações de poesias e rimas.




Maio foi escolhido o mês para o retorno das atividades do Àjòdún das Pretas pois é marcado pelo Dia da Abolição da Escravatura no Brasil, ocorrida em 13 de maio de 1888. Os organizadores do sarau reforçam que a atividade é justamente para marcar que tal data não deve ser comemorada, pois trata-se de um dia de luta.
“A falsa abolição da escravatura levou o povo preto do Brasil a uma realidade de pobreza, marginalização e discriminação. Sem a verdadeira reparação histórica que merecia, o povo negro deseja marcar essa data como um momento de denúncia do racismo que estrutura a sociedade brasileira”, convoca o Coletivo de Mulheres Luiza Mahin (LuMah), responsável pela organização do evento.
O coletivo convida a todos e todas para que participem do sarau e reforcem o coro já entoado na canção “Quilombo Axé”: “13 de maio não é dia negro!”.
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