Isabela Cunha reuniu escritos dos últimos dez anos na obra “Cianureto”, que ela apresenta ao público durante a feira, que acontece neste sábado, no Canto do MARL, das 9h às 17h
Mariana Guerin
Foto em destaque: Arquivo Pessoal
A retomada do Feirão da Resistência e da Reforma Agrária neste sábado (14), em Londrina, de forma presencial depois de dois anos online por conta da pandemia, ganha uma atração especial com o lançamento do livro “Cianureto”, da jornalista e produtora cultural Isabela Cunha, de 29 anos. O Feirão acontecerá no Canto do MARL, na Avenida Duque de Caxias, 3241, das 9 às 17 horas.
“Desde muito cedo eu tenho a escrita como uma atividade do meu cotidiano. Eu escrevo desde menina. Com o tempo, eu entendi que a escrita ocupava um lugar de importância para mim e comecei, então, a dar mais atenção a ela.”
“Passei a ler poemas em saraus, publicar algumas coisas na internet, participar de oficinas. Até que, em 2019, com maior encorajamento, convidei o designer gráfico Maikon Nery para uma conversa, a fim de pensar uma publicação.”
“Eu já conhecia o trabalho editorial dele e nós tínhamos uma proximidade, por conta de alguns projetos em que trabalhamos juntos”, conta Isabela, sobre a concepção do livro.

Foi a primeira vez que ela mergulhou realmente em seu arquivo de escrita. “Muitos materiais digitais, textos em cadernos, rascunhos no e-mail, no celular, bem caótico”, brinca a jornalista, lembrando que esses escritos já têm mais de dez anos.
“A organização do livro demorou uns três anos, também por conta da pandemia, que atravessou os nossos planos e trouxe novos textos para a publicação”, comenta Isabela.
“Minha decisão não foi exatamente escrever um livro, mas publicar esse trabalho que eu venho escrevendo já há muitos anos. A intenção, o objetivo da escrita, não era necessariamente publicar em livro, foi sempre um ato espontâneo, uma prática que me acompanhou”, justifica a jornalista sobre “Cianureto”.
‘Feirão é lugar de acolhimento’
Para ela, lançar a obra no Feirão da Resistência é importante por inúmeras razões. “É um espaço de encontro, um lugar de acolhimento, um espaço que dá sentido político ao ato de comprar e vender, um lugar de mostra de trabalhos artísticos.”
“Tudo isso já faria do Feirão um projeto muito importante. Mas o principal, do meu ponto de vista, é que o Feirão é um espaço de defesa da democracia, dos direitos sociais e da igualdade entre pessoas. Isso é fundamental, e a forma como o Feirão consegue fazer é única em Londrina”, opina.
Cianureto está à venda por R$ 50. É possível adquiri-lo na Loja Madá, no espaço literário do Armazém do Campo e no Café Com Propósito. Também é possível comprar o livro direto com a autora e com o designer Maikon Nery.
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