Outra proposta é consultar municípios vizinhos para que assumam mais atendimentos pediátricos para desafogar a rede de saúde londrinense

Mariana Guerin

Foto em destaque: Divulgação/CML

Três comissões permanentes da Câmara de Vereadores de Londrina, entre elas, a Comissão de Seguridade Social, Comissão de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania e Comissão de Defesa dos Direitos do Nascituro, da Criança, do Adolescente e da Juventude, organizaram uma reunião, na tarde desta sexta-feira (10), para discutir o atendimento de urgência e emergência pediátrica nas redes pública e privada de Londrina.

Foram convidados representantes das secretarias municipal e estadual de Saúde, hospitais, planos de saúde, Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas) e a Associação Médica de Londrina.

Diante das reclamações de familiares de pacientes sobre a falta de pediatras nas unidades de saúde, que tem provocado a demora no atendimento, os vereadores defenderam a ampliação das consultas eletivas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), o aumento de leitos pediátricos de média e alta complexidades nos hospitais e verificar com municípios da região a possibilidade de assumirem mais atendimentos pediátricos, caso tenham estrutura para isso.

Os vereadores propuseram, ainda, a ampliação das consultas de pediatria no Hospital da Zona Sul (HZS), de média complexidade e sob responsabilidade do governo do Estado. Conforme dados apresentados pela direção da unidade, o HZS fechou o mês de maio com média de 78% de ocupação dos leitos infantis.

 A quantidade foi considerada baixa perto da sobrecarga em internações e atendimentos relatada por diretores dos hospitais Evangélico e Infantil, ambos filantrópicos e de alta complexidade. Os casos considerados graves pelo Pronto Atendimento Infantil (PAI) são encaminhados para hospitais de média e alta complexidade.

“Praticamente toda terça e quinta nós abordamos esse tema da saúde. A pressão política, que é o nosso papel, é importante”, diz a vereadora Lenir de Assis (PT), presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara.

Segundo ela, é fundamental que os hospitais secundários de Londrina possam ter pediatras suficientes, equipados e com contratos vigentes para que possam trabalhar.

“As crianças que são atendidas no PAI, que é a porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde), devem ser referenciadas para o Hospital Infantil, Hospital da Zona Sul e outros serviços contratados. O Hospital Universitário deve ser referência somente para casos extremamente urgentes.”

“Segundo todos os relatos, vivemos um momento muito significativo de adoecimento dessas crianças por conta, especialmente ,de problemas respiratórios. Têm aumentado os casos graves, então é agilizar esse processo para que não tenhamos falta de leito e não tenhamos o agravamento da saúde dessas crianças”, completa Lenir.

Outro encaminhamento da reunião foi o pedido de aumento das horas médicas de plantões no Pronto Atendimento Infantil, pois a empresa contratada pelo Município não conseguiu oferecer a quantidade total de 1.920 horas mensais.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a empresa foi penalizada e uma nova licitação emergencial deve ser aberta ainda este mês para contratar uma nova prestadora de serviços.

Participaram da reunião o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a promotora de Justiça Susana de Lacerda, além de representantes do PAI, Hospital da Zona Sul, Hospital Evangélico e do Hospital Infantil, ligado à Santa Casa de Londrina. Também foram convidados representantes do Conselho Municipal de Saúde, outros hospitais, Unimed, Associação Médica de Londrina, 17ª Regional de Saúde e Conselho Regional de Medicina.

Leia também:

Parada LGBTI+ vai conscientizar sobre a importância do voto

Deixe uma resposta

%d