Claudio Mazzia, de Londrina, chegou a registrar B.O. do uso de seus dados como organizador da caravana para Brasília
Cecília França
Foto em destaque: Divulgação PF
A Polícia Federal, no âmbito da Operação Lesa Pátria, prendeu nesta sexta-feira (27) o empresário Cláudio Mazzia, de Londrina. O nome de Mazzia circulou como organizador da caravana que saiu da cidade rumo a Brasília para participação nos atos golpistas de 8 de janeiro na capital federal.
Em entrevista à Lume no dia 9 de janeiro, Mazzia negou a organização dos ônibus e informou ter registrado boletim de ocorrência sobre o suposto uso indevido de seus dados. “Usaram um cartão da minha empresa para fazer essa falsa notícia”, disse ele no dia.
No B.O., datado de 9 de janeiro às 10h55, Mazzia relata que vinha recebendo ligações desde o dia 6 e que não estaria organizando nada. Veja abaixo.


Em nome de Mazzia consta ao menos um CNPJ ativo, da Construtora Mazzia. Em entrevista ao G1, o irmão do empresário defendeu sua inocência, confirmou a participação do irmão em atos no Tiro de Guerra, em Londrina, mas negou que tenha ido a Brasília.
Na terceira fase da Operação Lesa Pátria estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.
Atos golpistas: Londrina enviou seis ônibus
Seis ônibus saíram de Londrina rumo a Brasília no dia 6 de janeiro. Todos eles fretados pela Viação Garcia Brasil Sul. A empresa alega que a operação de frete foi legal e tem colaborado com as investigações, mas seus veículos só foram encontrados dias depois dos atos em Goiânia (GO).
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