Dezenas de pessoas acompanharam celebração no Ilê Axé Oyá Funjó, no último sábado, em Londrina

Cecília França

No último sábado, dia 28, dezenas de pessoas reuniram-se no Ilê Axé Oyá Funjó, na zona Oeste de Londrina, para a celebração das Águas de Osala. A festa marca o fim de um rito de 21 dias de obrigações que lembram a viagem de Osala ao reino de Xangô, sua prisão injusta e o perdão do Orixá aos seus algozes.

“Osala perdoa a gente, mas faz com que a gente se lembre desse erro que nós cometemos”, explica o Ogan da Casa, Oloye Robson de Ogum. Para a festa, o terreiro comandado pelo Babalorisa Joi Osum recebeu decoração e ambientação especial.

Conforme a liturgia candomblecista, Osala foi preso no reino de seu filho Xangô, chamado Oyó, ao ser confundido com um ladrão de cavalos.

Durante os sete anos em que permaneceu na prisão a miséria se abateu sobre o reino de Xangô. Em consulta o oráculo dos Orixás o rei descobre a causa das desventuras e manda soltar Osala.

Xangô ordena que os súditos se vistam de branco, tragam água do rio e lavem Osala. Daí a origem da celebração. Após o perdão do Orixá, houve uma grande festa, onde todos comeram e beberam em sua homenagem.

Confira registros fotográficos da celebração feitos por Filipe Barbosa.

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