Encontro de Estudos sobre Orientalismos e Colonialismos na Comunicação e no Audiovisual começa nesta terça na UEL
Da Redação
Foto em destaque: Reprodução Instagram
Começa nesta terça-feira (7) a segunda edição do Encontro de Estudos sobre Orientalismos e Colonialismos na Comunicação e no Audiovisual (OCCA). As atividades de abertura acontecerão no Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O credenciamento dos participantes tem início às 16 horas, durante a abertura da Mostra de Arte Deco – Decolonialidade na Comunicação, na Sala de Exposições do Curso de Artes Visuais.
O OCCA tem como proposta promover diálogos e pesquisas da comunicação decolonial, articulando narrativas não-hegemônicas, diversas cosmologias, perspectivas e estéticas. São temas de interesse do encontro a problematização de estereótipos e de visões históricas hegemônicas.
O encontro vai reunir pesquisadores/as de graduação e de pós-graduação, docentes, discentes, ativistas e pessoas interessadas nos estudos do campo decolonial da comunicação e suas articulações interseccionais com as questões étnico-raciais e de gênero.
Às 18h45 de terça, acontece uma apresentação do grupo Baque de Obá Kossô, na Sala 683 do CECA, e às 19h15, a abertura oficial do evento, com a mesa “Encruzilhada 1- Feminismos decoloniais: representações e representatividades”, que terá mediação da jornalista Fiama Heloísa dos Santos, de Londrina.
O debate contará com a participação das convidadas Maria de Fátima Lima Santos, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), antropóloga e feminista alinhada ao Feminismo Negro, decolonial e anti-colonial, e a mestra e doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) Lua Lamberti, graduada em Artes Cênicas e professora colaboradora na UEM, que atua nas áreas do transformismo, palhaçaria, performance, gênero e sexualidade.
O evento vai marcar, ainda, o início do semestre letivo do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e é promovido pelo Grupo de Pesquisa Deco – Decolonialidades na Comunicação.
OCCA promove o diálogo
Na comunicação, a representação das populações subalternizadas (negres, indígenas, LGBTIA+, queers, mulheres, entre outres) historicamente tem sido estigmatizada, o que contribui para a manutenção de preconceitos e desigualdades.
Nesta edição, o OCCA traz como ideia central as encruzilhadas das questões étnico-raciais e de gênero, em especial os feminismos decoloniais e sua crítica às representações no campo da comunicação e cultura.
No segundo dia de programação, que coincide com o Dia Internacional da Mulher, mulheres ativistas de Londrina vão dialogar sobre suas experiências na mesa “Encruzilhada 2: Feminismos Subalternos e Mídias”.
A mediação será da coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB), da UEL, Marleide Perrude. Participarão da conversa Mariana Vale, Cláudia Ikandayô, Teresa Mendes e Gilza Kaingang. A apresentação cultural de abertura ficará por conta da Banda Black Divas, a partir das 18h15, na sala 683 do CECA.
Nos dias 8 e 9 de março, serão apresentadas pesquisas de grupos de trabalho (GT).
O GT Gênero e Comunicação vai discutir pesquisas relacionadas às representações e representatividades das populações LGBTIA+,Queers, feminismos e demais interseccionalidades das questões de gênero e seu tratamento na mídia e na comunicação.
O GT Raça, Etnia e Comunicação receberá textos que abordam temáticas relacionadas às populações negres, indígenas e imigrantes na comunicação. O papel da mídia e da comunicação na construção de estereótipos e na produção e reprodução de imagens preconceituosas e racistas.
Também na quinta (9), o OCCA terá um momento de confraternização, às 17 horas, na Livraria Olga (Rua Pio XII, 313).
Na sexta-feira (10), as atividades começam às 9h30, com uma reza Guarani, com a participação da estudante Guarani Ana Lúcia Ortiz, do curso de Psicologia.
A mesa “Encruzilhada 3: Abrindo caminhos para a pesquisa decolonial” terá a presença da jornalista Verônica Maria Alves Lima, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de pesquisadores dos grupos de pesquisa: Deco, Entretons, CUIA e NEAB, com a mediação da professora Márcia Neme Buzalaf, do Departamento de Comunicação Social da UEL.
Eventos paralelos e integrados ao OCCA
A partir das 19h30 de quinta (9), na sala de eventos do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH), a Assessoria de Relações Internacionais (ARI) da UEL promove a mesa redonda “Conflitos políticos e territoriais e os olhares de indígenas e estrangeiros da UEL”. O professor Francisco César Alves Ferraz, do Departamento de História, será o mediador.
Participarão da discussão Rodrigo Luís, estudante Guarani do curso de Medicina, Lucinsia Exgiste, estudante haitiana PEC-G, do curso de fisioterapia, Norberto Soca Bazo, estudante Moçambicano PEC-PG, do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, e Maria Boiko, pesquisadora ucraniana, bolsista da Fundação Araucária no Programa de Pós-Graduação em Microbiologia.
Entre os dias 6 e 9, será realizada a “1ª Jornada de Formação da Rede Olhares Indígenas de Comunicação da Arpinsul”, uma articulação dos Povos Indígenas da Região Sul. Nos dias 6 e 7, um grupo de comunicadores indígenas participará de oficinas de fotografia e redação nos laboratórios do Curso de Jornalismo da UEL. Na sequência, o grupo desenvolverá atividades na Terra Indígena do Posto Velho, em em Santa Amélia.
(Com informações da organização do OCCA)
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