Confira depoimento de Ane Caroline Mariz, mulher de Fábio Brateck (foto em destaque), morto pela polícia aos 32 anos de idade, em junho de 2022
Nelson Bortolin
Foto em destaque: Arquivo Pessoal
“Faz um ano hoje (que meu marido morreu). Eles (os policiais) estavam procurando o irmão dele, o Sérgio Brateck. Eu procurei o Gaeco. Foi uma briga de casal (entre Sérgio e a mulher). A P2 e a Choque estavam passando o tempo todo na porta.”

“Me ligaram dizendo que mataram uma pessoa na Rua do Jaú (Jardim Paulista, Nona Norte de Londrina). Eu subi para ver. Quando eu cheguei lá, eu reconheci o tênis dele (Fábio).”
“Perguntei ao policial da Choque: ‘Você tem a identificação do corpo?’. Ele respondeu: ‘Foi um confronto com Sérgio Brateck’. Estavam todos (policiais) comemorando como se fosse um Oscar.”
“Eu falo: ‘Me desculpa, mas isso não é um confronto porque esse não é o Sérgio. É o irmão dele’. No momento que eu falo isso os policiais param de rir. O Oscar que eles tinham ganhado acabou.”
O depoimento é de Ana Caroline Mariz, mulher de Fábio Brateck, morto pela polícia aos 32 anos de idade, em 15 de março de 2022. Ela participou do debate “Letalidade Policial: um retrato da violência no Paraná”, realizado pela Rede Lume e a Rádio UEL FM, no campus da universidade, na noite desta quarta-feira (15).
Confira o depoimento de Ana Caroline sobre a morte do marido na íntegra no vídeo:
Debate promovido pela Rede Lume e UEL FM reuniu familiares com representante do Gaeco, Defensoria Pública e pesquisadora do juvenicídio. Confira a reportagem completa aqui.
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