Anna Paula da Silva (foto em destaque), que perdeu um filho aos 17 aos, em 2016, passou a confiar em justiça após prisão de PMs
Nelson Bortolin
Foto em destaque: Reprodução
“Desde 2016 estou nesta luta. Tenho dois filhos. Minha filha está no terceiro ano de enfermagem. Meu filho era aprendiz de barbeiro. Ele era preto e no laudo do IML (Instituto Médico Legal) está como branco. Isso é doído para uma mãe. Eu não quero esconder a cor do meu filho, a identidade do meu filho”.
Matheus Henrique da Silva foi morto aos 17 anos por policiais militares em Guaratuba, dia 17 de maio de 2016. Desde então, a mãe Anna Paula da Silva luta por justiça.

“Depois de sete anos, os monstros que executaram meu filho estão no chiqueiro onde deviam estar”, disse ela em referência aos policiais militares gêmeos Ricardo Chiarello Marchesi e Rodrigo Chiarello Marchesi, presos na Operação Fish, do Gaeco, suspeitos de praticarem vários crimes entre eles falsos confrontos seguidos de mortes.
“Ao contrário do meu filho que foi julgado e executado, esses lixos ainda vão ter direito de serem julgados. Eles não estão presos porque executaram meu filho. Mesmo assim, sinto a felicidade de que justiça esteja sendo feita. Quero dizer para vocês encorajarem outras mães”, afirmou.
Durante o debate ela reclamou de nunca ter sido ouvida pelas autoridades, nem em Londrina, nem Curitiba, citando o Gaeco e a Corregedoria de polícia.
Veja depoimento completo de Anna Paula sobre condenação dos policiais no vídeo
Debate promovido pela Rede Lume e UEL FM reuniu familiares com representante do Gaeco, Defensoria Pública e pesquisadora do juvenicídio. Confira a reportagem completa aqui.
A Lume faz jornalismo independente em Londrina e precisa do seu apoio. Curta, compartilhe nosso conteúdo e, quando sobrar uma graninha, fortaleça nossa caminhada pelo PIX (Chave CNPJ: 31.330.750/0001-55). Se preferir contribuir com um valor mensal, participe da nossa campanha no Apoia-se https://apoia.se/lume-se.
Deixe uma resposta