Segundo Pedro Miranda, informações descritas por perito contradizem as fornecidas pelo delegado

Nelson Bortolin

Fotos: Reprodução

Pedro Miranda, que teve um filho morto pela Polícia Militar, levantou uma questão bastante recorrente entre familiares de pessoas mortas pela polícia: incoerências ou contradições nos processos de investigação dos casos.

Ele participou do debate “Letalidade Policial: um retrato da violência no Paraná”, realizado pela Rede Lume e a Rádio UEL FM, no campus da universidade, na noite da última quarta-feira (15).

“Em relação a meu filho, a perícia foi no local (da morte) e apontou uma submetralhadora caseira e cinco estojos intactos e uma capa foi encontrada no meio das roupas da vítima. Só que o delegado apontou no inquérito um 38 com balas de 380 e uma submetralhadora com seis cápsulas intactas.”

Pedro Miranda questiona análise da perícia nos cenários de crimes

Incoerências

“Quem fala a verdade, o perito ou o delegado?”

“Porque, pelo que sei, a capa de 380 não calça no tambor do 38.”

“O perito apontando cinco capsulas intactas no local e uma deflagrada e o delegado tendo aprendido seis cápsulas intactas, com certeza são sete né? Seis intactas e uma deflagrada.”

Pedro Miranda quis saber do promotor Jorge Fernando Barreto da Costa, que representou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no debate, quem está certo: o perito ou o delegado?

Mas o promotor explicou que não poderia falar a respeito: “Uma coisa que eu tenho de deixar claro é que, enquanto promotor, eu não posso comentar investigações em andamento. Nem aquelas pelas quais eu sou responsável, muito menos sobre aquelas que eu sequer tenho conhecimento”.

Confira o questionamento no vídeo:

Debate promovido pela Rede Lume e UEL FM reuniu familiares com representante do Gaeco, Defensoria Pública e pesquisadora do juvenicídio. Confira a reportagem completa aqui.

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