O Dia Mundial da Água, ‘comemorado’ em 22 de março, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 1993, juntamente com a “Declaração Universal dos Direitos da Água”.

A data tem fundamental importância na conscientização das populações mundiais quanto a manutenção de florestas, nascentes, rios e lagos. 

Água é essência, recurso fundamental para a sobrevivência dos seres vivos que habitam o planeta.

Quantos clamam, como Gilberto Gil, por um copo d’água, diante da sede que sentem, um simples copo d’água para ‘completar’ os 70% dos quais somos compostos. 

O Nordeste brasileiro sofre abrasado pela seca que assola o solo, o povo, o agreste, a fauna e a flora. O sol inclemente, faz a asa-branca bater asas rumo ao infinito e murcha a palma.

Os indígenas choram pelas águas que, hoje contaminadas, foram criadas pelo pranto da lua em planger dolorido pela perda do Astro-Rei.

A Terra-Mãe clama, ardendo em lume, por ‘hidratação’, vê seus filhos em sofrimento buscarem gotas orvalhais, para alimentarem seus corpos já tão sofridos com a desnutrição e a estiagem.

No entanto, o descaso, o egoísmo e a mais-valia sobrepõem-se ao bem-comum, ao pensar no semelhante.

Água, que não seja o fundo da cacimba, o fim do caminho pedregoso, seja esperança vívida e viva o coração. 


*Carlos Monteiro é cronista, jornalista, fotógrafo e publicitário carioca. Flamenguista e portolense roxo, mas, acima de tudo, um apaixonado pela Cidade Maravilhosa.

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