Por Régis Moreira*
Todo encanto despertado
Pelas brechas, dobras, beiradas
Encharcam as esquinas
Quando seu olhar se lançou
Sobre mim mergulhos profundos
Drinks guias mesas postas
Descobri que morava em mim
O bailado de Afrodite
A dança dos orixás
A gira dos terreiros
Cartografias musicais
Preenchem meus ouvidos pele pelos
Respirar não é somente necessidade
Paira no ar cores de outono
Invadem meus dias
Atravesso a existência
Nu peito aberto aos ares
Encontros de vida
Pelos devires
Sejam lá o que forem
Há de ser
Estar tocar o bailado
Fluidez num destino único
É perder giros dimensões
Porque mora em todo encanto
Seu avesso
E nos corrupios
Retomo a magia
Das encruzilhadas
Nos ebós vivos…
*Régis Moreira, Comunicólogo Social e Gerontólogo, doutor pela ECA (USP) em Ciências da Comunicação, docente do Depto de Comunicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde atua como pesquisador na área de comunicação, envelhecimento e gênero. Pesquisador do Observatório Nacional de Políticas Públicas e Educação em Saúde.
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