Polícias Civil e Militar estão recebendo denúncias em Londrina; canal do Ministério da Justiça e Segurança Pública é outro caminho

Da Redação

Foto em destaque: Kyo Azuma/Unsplash

Na última segunda-feira a reportagem da Lume recebeu mensagem de uma leitora pedindo orientação sobre onde e a quem denunciar ameaças de ataques a escolas. A mensagem veio acompanhada de um print do que seria uma postagem na página do facebook do autor da ameaça, na qual ele publicou foto de uma arma e frases sobre a intenção de um massacre em escola local.

A Lume não divulgará os conteúdos dessas ameaças por alguns motivos: primeiro, por entender que dão visibilidade aos autores e podem encorajar a execução desses crimes; segundo, por não poder garantir a veracidade dessas postagens, podendo tratar-se de montagens ou outras alterações gráficas mal intencionadas.

O print recebido foi encaminhado às autoridades policiais, de quem solicitamos canais de denúncia a serem informados à população.

Os números 181 (Polícia Civil) e 190 (Polícia Militar) estão recebendo essas denúncias, de onde são repassadas ao serviço de inteligência, de acordo com a assessoria do 5o Batalhão da PM de Londrina, que acrescenta: “Pode ser repassado também pelas redes sociais do batalhão, para encaminhar imagens, por exemplo.”

Instagram do 5o BPM e Facebook.

Também há a possibilidade de contato com o Batalhão de Patrulha Escolar (BPEC) pelo telefone (43) 3343-1002.

Ministério da Justiça recebe denúncias de ataques a escolas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações de ameaças e ataques contra escolas. Essa é uma das ações da Operação Escola Segura, que teve início na última quinta-feira (6).

Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo, de acordo com o ministério.

Para realizar a denúncia, clique aqui.

As mobilizações por segurança nas escolas brasileiras se intensificaram após o massacre em uma creche de Blumenau (SC), quando um homem de 25 anos matou, com golpes de machadinha, quatro crianças com idades entre 4 e 7 anos, e feriu outras.

Na semana anterior, um adolescente de 13 anos havia entrado em uma escola na Vila Sônia, em São Paulo, matado uma professora e ferido outras quatro pessoas.

Desde 2002, cerca de 23 ataques em escolas ocorreram no Brasil, sendo a maioria de 2022 até o momento.

Em Londrina, uma reunião pública foi realizada na noite desta terça-feira (11), na Câmara de Vereadores, para discussão da violência em ambiente escolar.

Leia também: Reflexões de uma mãe jornalista sobre a cobertura dos ataques em escolas

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