Apresentado há duas semanas por Lenir de Assis (PT), projeto deve receber acréscimos após reunião sobre segurança nas escolas
Cecília França
Foto em destaque: Lenir de Assis em reunião na Câmara/Assessoria CML
Três dias após o ataque a uma escola estadual na Vila Sônia, em São Paulo, ocorrido em 27 de março, quando uma professora foi morta e outras quatro pessoas feridas, a vereadora Lenir de Assis (PT) protocolou, na Câmara de Vereadores de Londrina, projeto de lei que cria o Programa de Saúde Mental nas Escolas (PL 65/2023).
Ontem (11), durante reunião pública sobre segurança nas escolas, realizava na Câmara, a vereadora destacou a importância da pauta e pediu que o projeto receba sugestões dos demais parlamentares a partir do debate com a sociedade.
De acordo com o projeto, o programa atenderia escolas municipais e privadas de Londrina, com ações que desmistifiquem as doenças mentais e suas causas, “viabilizando o diálogo entre estudantes e escolas, além de, sempre que necessário, encaminhar aqueles que apresentem sintomas de má saúde mental para atendimento especializado.”
O projeto também prevê parcerias com outras secretarias, órgãos e instituições públicas municipais, estaduais e federais, bem como com organizações sociais. Possibilita, ainda, a criação de vagas de estágios para estudantes de psicologia, preferencialmente nas escolas municipais.
Para Lenir, a questão da saúde mental é um dos fatores que pode levar a episódios de violência dentro das escolas e é preciso olhar a comunidade escolar como um todo.
“Antes, inclusive dos ataques, protocolamos o ‘Saúde Mental nas Escolas’. Porque hoje nós temos as crianças que já vêm adoecidas, por uma série de fatores, e isso precisa ser detectado, seja nas UBSs, seja nas escolas. Nós temos professores adoecidos; nós temos outros trabalhadores das escolas também impactados, com sua saúde mental extremamente comprometida”, ressalta a vereadora.
“Estaremos por uns dias acatando sugestões, conversando com a educação, conversando com a saúde, para que de fato a gente possa ter um programa municipal de saúde mental nas escolas. Nós precisamos zelar por essa segurança que a sociedade tanto precisa”.
Poucos dias após o ataque na Vila Sônia, um atentado em uma creche de Blumenau (SC) chocou o país. Um jovem de 25 anos entrou na instituição e matou quatro crianças com golpes de machadinha. Ele se entregou à polícia após o ataque.
Em Londrina foram registrados ao menos dois casos de adolescentes com armas brancas ou de fogo dentro de instituições e muitas ameaças têm sido compartilhadas. A polícia orienta que essas informações, que podem ser apenas boatos, não sejam repassadas em grupos, mas sim, enviadas às autoridades. Saiba como denunciar.
A reunião pública sobre segurança nas escolas lotou a galeria da Câmara de Vereadores na noite de ontem. Confira aqui.
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