Renata Portmann Brandão, de Assaí, passou por duas cirurgias e tem dores intensas; saiba como ajudar
Cecília França
Foto principal: Reprodução/Instagram
(Matéria atualizada em 09/11 para inclusão do retorno da PCPR)
No dia 23 de outubro, a Mc Renata Portmann Brandão, moradora de Assaí (47 km de Londrina), sofreu uma tentativa de feminicídio por parte do ex-namorado que a deixou hospitalizada por dez dias, quatro deles em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foram duas cirurgias e Renata segue sentindo dores intensas.
Para ajudar no custeio do tratamento, ela abriu uma vaquinha para arrecadar recursos. Em vídeo divulgado por perfis ligados ao hip hop no Instagram, Renata conta que alguns tmedicamentos são oferecidos gratuitamente pela Farmácia Polular, mas um deles, para dor, precisa ser comprado. Além de todos os gastos com curativos.
A Mc ainda tem necessidade de outra cirurgia, na cabeça, onde sofreu uma fratura exposta.
Quem puder contribuir, o pix é 070.460.299-70.
À Rede Lume Renata contou que o agressor foi preso em flagrante após o atentado, que também atingiu sua mãe e sua irmã.
“Ele é um ex-tamorado meu, fazia 11 meses que a gente tinha separado. Ele tinha mudado de cidade, aí voltou para Assaí, onde eu moro. E me procurou uma vez, eu falei que não, não iria voltar. Procurou uma segunda vez pra reatar o relacionamento, eu falei que não. Até que ele invadiu minha casa, pulou o muro e fez essa cena, né? Minha mãe e minha irmã conseguiram segurá-lo, e eu consegui fugir e pedir ajuda”, relata.
“Nessa ele bateu na minha mãe e minha irmã também. Só quando chegou vizinhos lá que ele se aquietou e a polícia daí chegou”.
A Mc considera um milagre ter sobrevivido e lamenta que a violência ainda atinja tantas mulheres de forma brutal.
“Fico pensando… Acontece com muitas mulheres, aconteceu comigo, mas graças a Deus eu estou viva, sou um milagre. Porque eu fui com uma faca enfiada na cabeça pro hospital, sabe? E é isso. Mas o agressor está preso. E acredito, se essa lei funcionar, vai ficar por muito tempo, porque invasão domiciliar, bateu na minha mãe e minha irmã, né? Duas agressões e uma tentativa de feminicídio”, afirma.
Agressor foi indiciado por feminicídio
Segundo a assessoria da Polícia Civil do Paraná (PCPR), o inquérito policial sobre o caso foi concluído e encaminhado à justiça. O homem foi indiciado pelos crimes de tentativa de feminicídio, lesão corporal e violação de domicílio.
A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva e ele permanece preso no sistema penitenciário. Além disso, reforça a PCPR, “a vítima ganhou alta no hospital e solicitou medidas protetivas de urgência contra o indivíduo.”
O caso de Renata acrescenta a uma triste estatística de feminicídios no Paraná e no País. De acordo com o Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM) da Universidade Estadual de Londrina, até 30 de setembro haviam sido registrados 106 casos no Estado em 2023, incluindo de tentativas e consumados. No País são 1.592.
O laboratório utiliza notícias veiculadas na imprensa para produzir os dados do Monitor de Feminicídios.
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