Alan Borges foi condenado com todas as qualificadoras por esfaquear a ex-esposa na frente dos filhos, em julho de 2020

Cecília França

Após quase 15 horas de julgamento, terminou por volta da meia-noite o júri popular que condenou o açougueiro Alan Borges a 33 anos e 4 meses de reclusão pelo feminicídio de sua ex-esposa, Sandra Mara Curti, em julho de 2020. Todas as qualificadoras propostas pelo Ministério Público foram acatadas, incluindo motivo torpe, meio cruel e premeditação. O crime foi cometido diante dos filhos do casal, hoje com 10 e 13 anos.

Alan Borges durante julgamento. Reprodução/Youtube TJPR

Durante o julgamento, o Néias-Observatório de Feminicídios Londrina realizou ato por justiça em frente ao Fórum. Sueli Curti, uma das irmãs de Sandra, conversou com a Lume sobre a expectativa em relação ao julgamento e sobre como tem vivido a família após o crime. Os filhos de Sandra vivem com ela e a mãe, de 73 anos. Ouça entrevista`abaixo.

A advogada Jéssica Hannes, integrante do Néias, diz que a entidade enxerga a condenação como “adequada, satisfatória e célere, já que houve a condenação em todas as qualificadoras solicitadas pelo Ministério Público e o processo correu de forma rápida e eficaz”. “Esperamos que todas as vítimas de feminicidio em Londrina encontrem essas mesmas qualidades em seus processos”, avalia.

O caso de Sandra se tornou emblemático pela crueldade, mas também pelo fato de a Justiça lhe ter negado medida protetiva solicitada dois dias antes do crime. Na época, a Frente Feminista de Londrina realizou ato em repúdio à decisão do Judiciário fazendo reverberar o grito “Palavra de mulher tem valor”.

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